13 de setembro de 2010

O relevo: a paixão romana

   Os romanos não se limitavam apenas a esculpir. Queriam que as suas esculturas transmitissem o seu espírito pragmático. Para tal fizeram uso do relevo. Apesar de usarem esta técnica sobretudo para fins decorativos, deram-lhe outra função: a de narrar os feitos do povo romano e exalta as virtudes dos seus líderes. Campanhas militares, vitórias, procissões, sacrifícios religiosos e menções à paz e prosperidade dos povos do império eram os seus temas de eleição.

   Este tipo relevo, também conhecido por relevo histórico-narrativo, aparece sobretudo em construções comemorativas, no entanto também é possível encontrá-lo em edifícios públicas e em construções particulares, como sarcófagos.


A educação no Império

   Ao contrário do que o acontecia nos países em redor, em Roma ir à escola era algo vulgar. Aos setes anos de idade, tantos rapazes como raparigas eram enviados ao litterator, uma espécie de professor primário, que lhes ensinava as primeiras letras. Apenas os mais abastados disponham de meios para contratar mestres particulares, podendo assim estudar em casa.

   As escolas primárias, situadas em redor do fórum, eram estruturas modestas separadas da rua por uma cortina. Os alunos escreviam sobre os joelhos em tabuinhas de cera que riscavam com um estilete. Quando era necessário apagar usavam a outra ponta do estilete que possuía uma forma achatada própria para o efeito. Para os registos de carácter permanente usavam papiro ou pergaminho.

   As aulas iniciavam antes do nascer do sol e prolongavam-se pela tarde. O ano lectivo durava cerca de nove meses (de Outubro a Junho) e decorria praticamente sem interrupções.

   A disciplina era um valor muito estimado nas escolas romanas. Pancadas de vara e de correia de couro eram habituais no meio escolar, tal como os puxões de orelhas.

   Este programa de ensino primário, muito semelhante ao das escolas helénicas, abrangia crianças entre os 7 e 11 anos de idade. Para além da escrita, da leitura e do cálculo (que aprendiam com o calculator) os pupilos eram obrigados a decorar passagens de textos poéticos considerados edificantes e máximas morais.

   Para o nível secundário apenas transitavam os alunos mais abastados (tanto rapazes como raparigas) pois este era um nível muito dispendioso. Os mestres da escola secundária, os gramáticos, recebiam por cada aluno em média quatro vezes mais que os mestres do ensino primário.

   Embora a nível estrutural as instalações destas escolas fossem idênticas ás das escolas primárias, as salas de aula estavam adornadas com bustos de escritores e mapas. Aqui aperfeiçoavam os conhecimentos da língua e estudavam as principais obras literárias da época: a poesia de Virgílio, a retórica de Cícero e a História de Tito Lívio e Salústio protagonizavam o programa. A matemática, a geometria, a música e a astronomia, desempenhavam um papel secundário.

   Por fim, aos 17 anos, um grupo restrito de rapazes conseguia ingressar no ensino superior, dirigido pelo rethor (o mestre de retórica). O acesso este nível de ensino era vedado às mulheres, pois na opinião geral não fazia qualquer sentido para as mesmas, uma vez que se centralizava na aprendizagem da Retórica e do Direito, essenciais para desempenhar altos cargos políticos e administrativos dos quais as mulheres eram excluídas.

6 de setembro de 2010

O Gladiador



Título do filme: GLADIADOR (Gladiator, EUA, 2000)

Direcção: Ridley Scott
Elenco: Russel Crowe, Joaquin Phoenix, Richard Harris, Connie Nielsen, Oliver Reed, Derek Jacobi, Ralph Moeller, Spencer Treat Clark; 154 min.

 
Sinopse
 
 O ano é 180 e o general romano Máximo (Russel Crowe), servindo ao seu imperador Marco Aurélio (Richard Harris), prepara seu exército para impedir a invasão dos bárbaros germânicos. Durante o combate, Máximo fica sabendo que Marco Aurélio, já velho e ciente de sua morte, quer lhe passar o comando do Império Romano. A trama onde Cômodo (Joaquin Phoenix), filho do imperador, mata o pai, assumindo o comando do Império, não é historicamente verídica. Na verdade, Cômodo assumiu quando seu pai morreu afetado por uma peste, adquirida durante uma nova campanha no Danúbio.


  Enquanto Cômodo assume o trono, Máximo que escapa da morte, torna-se escravo e gladiador, travando batalhas sangrentas no Coliseu, a nova forma de divertimento dos romanos. Máximo, disposto a vingar o assassinato de sua mulher e de seu filho, sabe que é preciso triunfar para ganhar a confiança da platéia. Acumulando cadáveres nas arenas o gladiador luta por uma causa pessoal, de forma quase que solitária e leva benefícios ao povo, submetido pela política do "pão e circo".

" Nesta vida ou na próxima eu terei minha vingança". Máximo sabe que o controle da multidão será vital para que possa arquitetar sua vingança, que culmina em um combate com o próprio Cômodo.


Cenas do filme

Filmes do Império

Asterix - O gaulês - Resistência gaulesa frente a César;












Ben-Hur -  Cristianismo no Império Romano;







Calígula - filme polêmico sobre a vida do terceiro imperador romano (para maiores de idade);














Cleópatra - Roma Antiga;





Gladiador A Sociedade Romana;





Spartacus -  Revolta de Escravos em Roma.









Oto ou Marcvs Salvivs Otho (~35 - 69)




   Imperador romano de curto mandato  provavelmente nascido em Roma, descendente da ilustre família de Marco Sálvio Otho. Amigo íntimo de Nero, participou de sua vida desregrada. Era marido de Popéia antes desta se casar com Nero. Nomeado como governador para a Lusitânia, tornou-se partidário de Galba, mas organizou um complô que matou o imperador, quando soube que ele havia indicado Pisano Liciniano seu sucessor. Uma vez imperador, parecia determinado a superar Nero, mas o avanço do exército do Reno contra a Itália, sob o comando de Vitélio, não lhe deu trégua. Marchou para o norte e foi derrotado em Bedriaco, na Planície da Lombardia. Após a irreversível derrota cometeu suicídio com uma coragem e uma dignidade espantosas numa pessoa tão desregrada.