17 de julho de 2011

A arquitectura

  Foi no campo da arquitectura que o espírito romano encontrou a sua expres­são artística mais forte. A prolongada paz e prosperidade económicas permitiram ­uma intensa actividade construtiva, sobretudo no domínio das obras públi­cas.          Augusto investiu empenhadamente no embelezamento da capital e foi seguido pelos seus sucessores que estenderam a sua acção às restantes do Império com cooperação de magistrados e particulares.

Características da arquitectura:

Ö Monumentalidade também presente na arquitectura egípcia;
Ö Solidez e funcionalidade;
Ö Utilitarismo;
Ö Robustez das construções;
Ö Grandiosidade.
Ö Formas audaciosas

  Na arquitectura como em tantos outros aspectos, os Romanos deixaram-se influenciar pelos modelos gregos, absorvendo elementos como as colunas e as 3 ordens arquitectónicas gregas mostrando uma predilecção pela ordem coríntia, de maior riqueza decorativa.

Usaram-nas, no entanto, com maior liberdade do que os Gregos, sobrepondo-as num mesmo edifício  ou aglutinando os seus elementos de forma a criar uma ordem inovadora : a ordem compósita – com folhas de acanto e volutas.

 É nos templos que mais se evidencia a influência helénica, quer no alçado, ritmado por colunas majestosas, quer na simplicidade da planta, embora imprimindo nestas construções o seu cunho próprio e subvertendo o sentido de proporção dos gregos introduzindo elementos inovadores:

R  Arcos de volta perfeita;
R  Abóbadas;
R  Cópula;
R  Linhas curvas, ondulações;
R  Nichos;
R  Pilastras – colunas embutidas na parede 
R  Podium  - plataforma elevada sobre a qual se erigia o templo
R  Plasticidade dos materiais

 Os templos também despojados das esculturas ornamentais do frontão e do friso, adornando-se estes espaços com uma simples inscrição dedicatória, que elucida sobre os objectivos e as circunstâncias da edificação.

  Dado o exagero ornamental e a sua exuberância os templos romanos, são muitas vezes cognominados de “o barroquismo da decoração”
 Muito mais livres e criativos que os seus colegas helénicos, os arquitectos latinos souberam tirar partido de diferentes técnicas e materiais. O seu espírito prático fê-los adoptar materiais mais versáteis e baratos, como o tijolo e o betão.
   A construção em betão, foi-se aperfeiçoando. Além de barato, o betão possuía extraordinária solidez e adaptava-se a qualquer espaço. Os edifícios eram posteriormente revestidos de mármore e outras pedras, que realçavam a imponência dos edifícios e as suas formas audaciosas.

 Mas nem só ao serviço dos deuses e do imperador puseram os arquitectos o seu génio construtivo. Eram meticulosos nas suas construções sobretudo nas de carácter utilitário. O que mais se evidencia na arquitectura romana é o seu carácter essencialmente urbano, utilitário e pragmático. Os Romanos constroem para a cidade e para os cidadãos: fóruns, teatros, anfiteatros, bibliotecas, termas, aquedutos, coliseus, circos, estádios, arcos do triunfo, pontes.

 A arquitectura romana e os edifícios por ela concebidos têm sobretudo uma intenção propagandística criando o cenário perfeito para as solenes cerimónias oficiais que exaltavam a glória e o poder romanos espelhando a grandeza do império. Esta faceta foi, aliás, completada com grande número de construções comemorativas, como os arcos de triunfo, as colunas e os pórticos monumentais. Estes eram verdadeiros livros de pedra pois narravam feitos heróicos, como por exemplo a Coluna de Trajano que é simultaneamente um monumento funerário. 

O expoente máximo da arquitectura romana é o Panteão em Roma. 

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