26 de agosto de 2011

A apologia do Império: a poesia épica e a História


O principado de Augusto, e, de uma forma geral, todo o século I d. C corresponderam a uma época de grande brilho cultural.
   
 O imperador transformou Roma num verdadeiro centro artístico, pois sabia que das artes dependia a imortalização dos seus feitos e da sua glória. Não só alte­rou a fisionomia da cidade, enchendo-a de obras de arte e construções monu­mentais, como chamou para a sua corte poetas e escritores a quem cumulou de provas de amizade e de bens materiais. Um dos grandes amigos do imperador, Mecenas , reuniu também, junto de si, os maiores talentos literários da época e de tal forma os incentivou que o seu nome ficou para sempre ligado à protecção das artes, falando-se, ainda hoje, de um mecenas e de mecenato.

 Acarinhada pelas altas esferas do poder, a literatura latina conhece então o seu apogeu. Poetas como Virgílio, Horácio e Ovídio, criaram obras que se tornaram modelos lite­rários nos séculos seguintes.
 
 Esta protecção das letras não era, todavia, completamente desinteressada. Octávio incentivava os autores a exaltarem as virtudes da sua pessoa e os benefícios do seu reinado. Deste modo, a poesia fez-se também eco da gló­ria de Roma e da grandeza do príncipe, actuando como um poderoso meio de propaganda imperial.  

  • A poesia épica


De entre todos os poetas contemporâneos de Augusto destaca-se Públio Virgílio Maro que dedicou os últimos sete anos da sua vida a uma grande obra épica, a Eneida, que se tornou o poema nacional por excelência onde faz um cântico às origens de Roma e à sua vocação conquistadora misturando tradições lendárias e factos históricos, enaltecendo o povo romano, em geral, e o imperador, em particular, ele  vando-os  a uma condição superior, a uma  ascendência divina

De um modo geral visava a glorificação do Império e dos feitos do Imperador.

  • A História


 As inúmeras vitórias dos Romanos e a grande tenacidade que demonstraram na construção do seu império impressionaram, desde cedo, os historiadores. Assim, a História revestiu uma feição pragmática, procurando justificar a sua evolução (de pequeno povoado a grande império), domínio e pôr em evidência a sua acção civilizadora. Este objectivo está presente nas obras de Políbio, Títo Lívio, Lácio entre outros.

  Foi o historiador Tito Lívio aquele que mais glorificou a História sua pátria. Deixou nos uma imensa obra, que abrange toda ã Historia de Roma, desde a fundação da cidade até ao ano 9 a. C.-

  Os relatos históricos eram impregnados de um patriotismo ardente e a profunda crença no destino grandioso de Roma.



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