Último imperador da primeira dinastia romana (também conhecida por dinastia dos Julios e dos Claudius), nasceu em Âncio, e era descendente de uma das principais famílias romanas. Filho de Gneu Domício Aenobarbo e de Agripina, a Jovem, filha de Germânico e bisneta de Augusto. Agripina convenceu o marido, o imperador Cláudio, a adotá-lo e escolhê-lo seu sucessor, após eliminar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e induzir seu próprio filho a se casar com Otávia, filha do imperador. Quando Cláudio morreu, provavelmente assassinado (54), foi proclamado sem problemas. Com um governo inicialmente bom, sob orientação de sua mãe, do filósofo Sêneca e do prefeito pretoriano Burrus, aos poucos foi dominado pela loucura de se considerar um artista e desencadeou uma série de assassinatos, incluindo do próprio Britânico em (55), da sua mãe Agripina (59) e de sua esposa (62). Afastou-se de Sêneca e foi acusado de ter provocado o incêndio que destruiu Roma durante seu reinado (64) e, a pretexto do qual, iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos. Entregou-se à libertinagem e a gabar-se de pretensos dotes artísticos e de cavalaria, instituiu os jogos chamados Juvenália e Neronis, e exibia-se nos teatros e nos circos como histrião. Favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu fartamente aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres. Sua crueldade e irresponsabilidade provocaram o descontentamento no meio militar e a oposição da aristocracia e o início da disseminação de revoltas (65), com a conspiração de Piso, a qual esmagou e condenou à morte 18 acusados, entre os quais Sêneca e o poeta Lucano. Sérvio Sulpício Galba (68), governador da Espanha, marchou contra Roma, o Senado o depôs e reconheceu Galba como novo imperador. Sem apoio militar definitivamente (68), foi obrigado a deixar a cidade quando, então, suicidou-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário