15 de dezembro de 2010

Dominío Romano (mapa histórico)

A difusão da rede escolar

Roma encheu de escolas as regiões que conquistou. Embora, na generalidade, a sua criação se devesse à iniciativa particular o Estado desde cedo incentivou o ensino, no qual viu um poderoso meio de unificação, cultural do Império.


Assim:

  •  Insistiu com as autoridades municipais para que criassem escolas e supor-tassem os seus custos;
  • Concedeu aos professores protecção e privilégios de ordem fiscal, isen¬tando-os de impostos.
  •  Custeou a actividade de alguns gramáticos, e sobretudo, de retóricas, a fim de tornar o seu ensino gratuito.
Por todo o mundo romano nos ficaram numerosas referências, quer às escolas, quer aos professores, quer ao sonho de ensinar e aprender na capital, onde exerciam os mestres mais famosos. A Escola foi, em Roma, uma instituição reconhecida, da qual se esperava a formação do vir bónus – homem bom – o cidadão cumpridor inteligente e culto.

Pragmáticos por natureza, os Romanos sabiam que a educação cultura fazem tanto ou, mais por um império do que as proezas militares.

Roma: a aldeia que se fez império

Roma nasceu como qualquer outra cidade, de um pequeno povoado que se foi engrandecendo e paulatinamente se transformou no maior império da Antiguidade.



                                                       Reconstituição de Roma (povoado)

Cultura Romana: Origem e Influencias

A necessidade aguçou o sentido prático, realista, virado para o concreto dos romanos.


Contrariamente aos Gregos, para quem todas as coisas úteis deviam ser belas, os Romanos sentiam que todas as coisas belas deviam ser úteis. A aplicação desta máxima era evidente em todos os domínios desde a arte ao Direito, considerado o expoente máximo do pragmatismo romano.

A cultura romana resulta da fusão de elementos culturais diversos, que os Romanos souberam absorver e moldar de acordo com o seu carácter.

De todas as influências recebidas a mais marcante foi a influência helénica. Em termos culturais, como nos relata Horácio “a Grécia vencida venceu o vencedor”. Reconhecendo o seu brilhantismo e originalidade, os Romanos imitaram-lhe a arte, a literatura, a filosofia e até a religião ajustando-a ao seu sentido pragmático. Falar Grego era sinónimo de cultura e a cidade encheu-se de intelectuais helénicos.

Assim, podemos concluir que esta é uma cultura de síntese greco-latina ou eclética, na qual residem os fundamentos da civilização europeia.

Os Poderes de Octávio

Imperium proconsular com poder para:


– recrutar e comandar o exército;

– julgar e prender os cidadãos;

– convocar os comícios, o senado e o povo;

– publicar éditos;

– consultar os auspícios em Roma e nas províncias conquistadas.



Tribuno, cônsul e princeps senatus adquirindo assim:

– o poder legislativo

– o direito de veto;

– a primazia no senado;

– a função de fazer cumprir as leis.


 Título de Augusto (filho dos deuses, sagrado) atribuindo assim::

– um significado religioso à sua pessoa e às suas funções.



Poder tribunício (vitalício) que lhe concedia o direito de:

– continuar a convocar os comícios e o senado;

– vetar as leis e outras decisões destes órgãos (comícios e senado),

em Roma e em todas as províncias do Império.



Pontifex Máximus (cargo recebido pelo povo romano, dada a carreira política de sucesso de Octávio) que lhe permitiu obter:

– a administração e fiscalização dos sacerdotes e do culto;

– a capacidade para interpretar a vontade dos deuses;

– controlar o poder sacerdotal e religioso que tinha grande influência na opinião pública.

Acção de Octávio César Augusto

No plano militar: restabeleceu a ordem e a disciplina; continuou as conquistas e pacificou as províncias (pax romana).


No plano político: empreendeu a reforma do aparelho administrativo central e provincial.


No plano social: apaziguou as lutas sociais (paz social), reorganizando a população com base na igualdade (teórica), perante a lei.


No plano cultural: usou a prosperidade económica para proteger as artes e as letras.


No plano religioso: preocupou-se em restabelecer a religião tradicional, ligando-a ao culto do imperador e de Roma.

13 de setembro de 2010

O relevo: a paixão romana

   Os romanos não se limitavam apenas a esculpir. Queriam que as suas esculturas transmitissem o seu espírito pragmático. Para tal fizeram uso do relevo. Apesar de usarem esta técnica sobretudo para fins decorativos, deram-lhe outra função: a de narrar os feitos do povo romano e exalta as virtudes dos seus líderes. Campanhas militares, vitórias, procissões, sacrifícios religiosos e menções à paz e prosperidade dos povos do império eram os seus temas de eleição.

   Este tipo relevo, também conhecido por relevo histórico-narrativo, aparece sobretudo em construções comemorativas, no entanto também é possível encontrá-lo em edifícios públicas e em construções particulares, como sarcófagos.


A educação no Império

   Ao contrário do que o acontecia nos países em redor, em Roma ir à escola era algo vulgar. Aos setes anos de idade, tantos rapazes como raparigas eram enviados ao litterator, uma espécie de professor primário, que lhes ensinava as primeiras letras. Apenas os mais abastados disponham de meios para contratar mestres particulares, podendo assim estudar em casa.

   As escolas primárias, situadas em redor do fórum, eram estruturas modestas separadas da rua por uma cortina. Os alunos escreviam sobre os joelhos em tabuinhas de cera que riscavam com um estilete. Quando era necessário apagar usavam a outra ponta do estilete que possuía uma forma achatada própria para o efeito. Para os registos de carácter permanente usavam papiro ou pergaminho.

   As aulas iniciavam antes do nascer do sol e prolongavam-se pela tarde. O ano lectivo durava cerca de nove meses (de Outubro a Junho) e decorria praticamente sem interrupções.

   A disciplina era um valor muito estimado nas escolas romanas. Pancadas de vara e de correia de couro eram habituais no meio escolar, tal como os puxões de orelhas.

   Este programa de ensino primário, muito semelhante ao das escolas helénicas, abrangia crianças entre os 7 e 11 anos de idade. Para além da escrita, da leitura e do cálculo (que aprendiam com o calculator) os pupilos eram obrigados a decorar passagens de textos poéticos considerados edificantes e máximas morais.

   Para o nível secundário apenas transitavam os alunos mais abastados (tanto rapazes como raparigas) pois este era um nível muito dispendioso. Os mestres da escola secundária, os gramáticos, recebiam por cada aluno em média quatro vezes mais que os mestres do ensino primário.

   Embora a nível estrutural as instalações destas escolas fossem idênticas ás das escolas primárias, as salas de aula estavam adornadas com bustos de escritores e mapas. Aqui aperfeiçoavam os conhecimentos da língua e estudavam as principais obras literárias da época: a poesia de Virgílio, a retórica de Cícero e a História de Tito Lívio e Salústio protagonizavam o programa. A matemática, a geometria, a música e a astronomia, desempenhavam um papel secundário.

   Por fim, aos 17 anos, um grupo restrito de rapazes conseguia ingressar no ensino superior, dirigido pelo rethor (o mestre de retórica). O acesso este nível de ensino era vedado às mulheres, pois na opinião geral não fazia qualquer sentido para as mesmas, uma vez que se centralizava na aprendizagem da Retórica e do Direito, essenciais para desempenhar altos cargos políticos e administrativos dos quais as mulheres eram excluídas.

6 de setembro de 2010

O Gladiador



Título do filme: GLADIADOR (Gladiator, EUA, 2000)

Direcção: Ridley Scott
Elenco: Russel Crowe, Joaquin Phoenix, Richard Harris, Connie Nielsen, Oliver Reed, Derek Jacobi, Ralph Moeller, Spencer Treat Clark; 154 min.

 
Sinopse
 
 O ano é 180 e o general romano Máximo (Russel Crowe), servindo ao seu imperador Marco Aurélio (Richard Harris), prepara seu exército para impedir a invasão dos bárbaros germânicos. Durante o combate, Máximo fica sabendo que Marco Aurélio, já velho e ciente de sua morte, quer lhe passar o comando do Império Romano. A trama onde Cômodo (Joaquin Phoenix), filho do imperador, mata o pai, assumindo o comando do Império, não é historicamente verídica. Na verdade, Cômodo assumiu quando seu pai morreu afetado por uma peste, adquirida durante uma nova campanha no Danúbio.


  Enquanto Cômodo assume o trono, Máximo que escapa da morte, torna-se escravo e gladiador, travando batalhas sangrentas no Coliseu, a nova forma de divertimento dos romanos. Máximo, disposto a vingar o assassinato de sua mulher e de seu filho, sabe que é preciso triunfar para ganhar a confiança da platéia. Acumulando cadáveres nas arenas o gladiador luta por uma causa pessoal, de forma quase que solitária e leva benefícios ao povo, submetido pela política do "pão e circo".

" Nesta vida ou na próxima eu terei minha vingança". Máximo sabe que o controle da multidão será vital para que possa arquitetar sua vingança, que culmina em um combate com o próprio Cômodo.


Cenas do filme

Filmes do Império

Asterix - O gaulês - Resistência gaulesa frente a César;












Ben-Hur -  Cristianismo no Império Romano;







Calígula - filme polêmico sobre a vida do terceiro imperador romano (para maiores de idade);














Cleópatra - Roma Antiga;





Gladiador A Sociedade Romana;





Spartacus -  Revolta de Escravos em Roma.









Oto ou Marcvs Salvivs Otho (~35 - 69)




   Imperador romano de curto mandato  provavelmente nascido em Roma, descendente da ilustre família de Marco Sálvio Otho. Amigo íntimo de Nero, participou de sua vida desregrada. Era marido de Popéia antes desta se casar com Nero. Nomeado como governador para a Lusitânia, tornou-se partidário de Galba, mas organizou um complô que matou o imperador, quando soube que ele havia indicado Pisano Liciniano seu sucessor. Uma vez imperador, parecia determinado a superar Nero, mas o avanço do exército do Reno contra a Itália, sob o comando de Vitélio, não lhe deu trégua. Marchou para o norte e foi derrotado em Bedriaco, na Planície da Lombardia. Após a irreversível derrota cometeu suicídio com uma coragem e uma dignidade espantosas numa pessoa tão desregrada.

6 de agosto de 2010

Principais cidades Ibéricas na época romana

Servius Sulpicius Galba (3 a.C. - 69 d. C)

 Mais conhecido pelo seu último nome, Galba foi o primeiro imperador da  dinastia dos Flávius e Antoninus(68 a 193 d.C.). Reinou entre os anos de 68-69 d.C. Descendia de uma família muito antiga e ilustre, os Sulpicius, foi protegido por algumas figuras ilustres da época. Ocupou o cargo de cônsul (33) e administrador da Aquitânia, Germânia, ás ordens de Caligula para impor a disciplina depois da revolta de Lentulus Getulicus, África e Hispania Tarraconensis, onde passou oito anos durante o reinado de Nero, acabando por ganhar um enorme prestígio dada a sua competência e integridade. Vindex persuadiu-o a lutar pelo poder, rebelando-se em  68 d.C. contra Nero, apoiado pela guarda pretoriana sob o comando de Nymphidius Sabinus, semdo proclamado imperador nesse mesmo ano. Honesto e eficiente em posições subalternas, nos comandos das províncias, mostrou-se pouco a vontade para se adaptar ao poder supremo, transformando-se em uma figura impopular. Excessivamente severo, auxiliado por figuras desleais e arrogantes como Titus Vinius, Lacanus e Icelus, e com as medidas administrativas antipáticas tomadas, terminou assassinado após nomear como seu sucesso (Lucius Calpurnius Pisanus Licinianuspelos) pretorianos que colocaram Otho em seu lugar.

21 de julho de 2010

Nero, Lúcio Domício Enobarbo [ ou Lucius Domitius Ahenobarbus] ou Nero Cláudio César Augusto Germânico [ou Nero Claudius Caesar Augustus Germanicus]

Último imperador da primeira dinastia romana (também conhecida por dinastia dos Julios e dos Claudius),  nasceu em Âncio, e era descendente de uma das principais famílias romanas. Filho de Gneu Domício Aenobarbo e de Agripina, a Jovem, filha de Germânico e bisneta de Augusto. Agripina convenceu o marido, o imperador Cláudio, a adotá-lo e escolhê-lo seu sucessor, após eliminar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e induzir seu próprio filho a se casar com Otávia, filha do imperador. Quando Cláudio morreu, provavelmente assassinado (54), foi proclamado sem problemas. Com um governo inicialmente bom, sob orientação de sua mãe, do filósofo Sêneca e do prefeito pretoriano Burrus, aos poucos foi dominado pela loucura de se considerar um artista e desencadeou uma série de assassinatos, incluindo do próprio Britânico em (55), da sua mãe Agripina (59) e de sua esposa (62). Afastou-se de Sêneca e foi acusado de ter provocado o incêndio que destruiu Roma durante seu reinado (64) e, a pretexto do qual, iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos. Entregou-se à libertinagem e a gabar-se de pretensos dotes artísticos e de cavalaria, instituiu os jogos chamados Juvenália e Neronis, e exibia-se nos teatros e nos circos como histrião. Favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu fartamente aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres. Sua crueldade e irresponsabilidade provocaram o descontentamento no meio militar e a oposição da aristocracia e o início da disseminação de revoltas (65), com a conspiração de Piso, a qual esmagou e condenou à morte 18 acusados, entre os quais Sêneca e o poeta Lucano. Sérvio Sulpício Galba (68), governador da Espanha, marchou contra Roma, o Senado o depôs e reconheceu Galba como novo imperador. Sem apoio militar definitivamente (68), foi obrigado a deixar a cidade quando, então, suicidou-se.  

8 de julho de 2010

A depilação na antiguidade (parte II)

O primeiro instrumento usado para depilação de que há registo, foi inventado na Grécia  antiga e dava pelo nome de "Estrigil". Era uma varinha, cujo o comprimento variava entre os 16 e 30 cm com uma ponta curva.  
  As mulheres untavam as zonas a depilar com uma pasta feita à base de cinzas, argila e vegetais (o antepassado dos cremes depilatórios), raspando posteriormente a pele com o dito instrumento.

30 de junho de 2010

A depilação na antiguidade (parte I)

 A pilosidade feminina, não é nem nunca foi uma característica muito apreciado pelo sexo masculino. Desde tempos remotos que uma pele suave e delicada é meio caminho andado para se conquistar um homem (é o que dizem).
   Se serve de consolo às leitoras do blog (o que não significa que os leitores não possam tirar proveito do artigo), já em 2000 a.C. as gregas se debatiam com esse problema. Na tentativa de erradicar os malvados pêlos, as mulheres gregas arrancavam-nos com as mãos, ou queimavam-nos com cinzas quentes que colocavam sobre a pele (deviam ser masoquistas).
  A dor era de tal forma intensa que as sacerdotisas do templo de Creta, ingeriam um bebida forte para entorpecer o corpo, diminuindo assim o seu sofrimento.

English

  The female body hair is not and never has been a feature much appreciated by the male. Since ancient times that a soft and delicate skin is half the battle to win a man (so they say).

  If it's any consolation to readers of the blog (which does not mean that readers can not take advantage of the article), as early as 2000 BC the Greek were struggling with this problem. In an attempt to eradicate the evil hair, Greek women drew them by hand, or burned them with hot ashes placed on the skin (they must be masochists).
  The pain was so intense that the priestesses of the temple of Crete ate a strong drink to dull the body, thus lessening their suffering

29 de junho de 2010

Calígula (12 - 41)

   Imperador romano, cujo verdadeiro nome era Caius Caesar, nasceu em Antium, no Lácio. Era filho de Germânico e de Agripina.
    Ficou conhecido por Calígula, diminutivo de um tipo de sandália usada pelos soldados.
   Após a morte do imperador Tibério em37 d. C , seu tio-avô, foi aclamado novo imperador romano pelo povo e pelo Senado.
  Obcecado pelo poder e pela religião do Egito, considerou-se uma divindade, mandou colocar sua estátua em vários templos, entre eles o de Jerusalém, difundiu o culto egípcio da deusa Ísis e manteve relacionamento incestuoso com sua irmã Drusila, no estilo da dinastia dos Ptolomeus. Com os gastos públicos descontrolados perseguiu, ordenou a execução dos romanos mais ricos e e matou muitas personalidades importantes, para confiscar-lhes os bens. Vítima de diversas conspirações, como a do senador Marco Emílio Lépido, acabou assassinado em um complô armado por Cássio Quéreas, tribuno da guarda pretoriana. Em termos de obras públicas a sua mais importante foi o início da construção do aqueduto Cláudia, iniciado em 38 e terminado no governo de Cláudio , seu sucessor.

12 de abril de 2010

Algumas expressões latinas e seu significado

  Aqui estão reunidas expressões, citações extraídas de textos de autores de várias épocas, citações da Vulgata Latina, provérbios, máximas jurídicas, etc., acompanhados de tentativas de tradução em português.

A calce ad carcerem. [Manuel de Pina Cabral, Magnum Lexicum 88] -  Do fim para o princípio.

A capite bona valetudo. [Sêneca, De Clementia 2.2.1]  - A boa saúde vem da cabeça.

Deo est enim omnis medela. [Vulgata, Eclesiástico 38.2] -  De Deus vem todo remédio.

A Deo et rege. [Divisa] -  Por Deus e pelo rei.

Deo principium - O começo vem de Deus

A Deo rex, a rege lex. [Atribuído a James I, da Inglaterra] - O rei vem de Deus, a lei vem do rei.

A dextra sinistram versus - Da direita para a esquerda

A festo Omnium Sanctorum usque ad Natale Domini - Desde o dia de Todos os Santos até o Natal

A mane cognoscitur bonus dies - O bom dia se conhece pela manhã

A morte aeterna libera nos, Domine! [Da liturgia católica] - Da morte eterna, livrai-nos, Senhor!


A morte nullum est effugium. [Manúcio, Adagia 1209]-  Da morte não há escapatória
 
 
Por hoje é tudo.

5 de abril de 2010

A mulher romana


Como é que se veste a toga?


Eu sei que não é muito esclarecedor, mas foi o que se arranjou. 

Imperador do mês: Tibério Cláudio Nero ou Tibério Julio César Augusto (42 a. C. - 37)


   Foi o segundo imperador romano da primeira dinastia  e nasceu em Roma noa ano 42 a.C.
   Reforçou o caráter oligárquico do poder, dando ao Senado a prerrogativa de eleger os magistrados. Ao longo da sua vida foi vitíma de várias conspirações palacianas que resultaram em processos de lesa-majestade, execuções e suicídios. Contribuiu para o engrandecimento do do poder romano, conseguindo desta forma que o império sobrevivesse ás exêntricidades dos seus líderes.
  Era filho do magistrado Tibério Cláudio Nero e de Lívia Drusila, passando a fazer parte da família imperial mediante o segundo casamento de sua mãe com Augusto. Educado para a carreira militar, fez brilhantes campanhas na Panônia e na Dalmácia, que lhe garantiram o apoio popular. Casou-se com a filha de Marcos Agripa, Vipsânia Agripina, da qual se divorciou por ordem do imperador após a morte do sogro (12 a. C.), para casar com Júlia, filha de Augusto e viúva em terceiras núpcias de Agripa. Nomeado tribuno (6 a. C.), mas ante a vida libertina de sua mulher, auto-exilou-se na ilha de Rodes, deixando Júlia em Roma. Com o desterro de Júlia para a ilha de Pandatária, regressou a Roma, obteve novas vitórias na Germânia e foi adotado por Augusto (4 d. C.) e, com a morte do imperador (14 d. C.), precedida das mortes de outros herdeiros do trono, foi eleito sucessor pelo Senado com o nome de Tibério Júlio César Augusto, e proclamado três anos depois.
   No início de seu governo, regularizou a economia pela redução dos gastos públicos, assegurou as fronteiras por meio de uma política conservadora que prescindiu das invasões, consolidou as instituições, reduziu o poder do Senado, reforçou também a Marinha, exilou a comunidade judaica e determinou o fim dos duelos de gladiadores. Após a tentativa de golpe de estado organizada pelo seu principal conselheiro, Lúcio Sejano, que por isso foi condenado à morte (31), submeteu Roma a um regime de terror. Adotou Calígula como filho e sucessor.

11 de março de 2010

Caio Júlio César Otaviano (ou Otávio Augusto)

    Primeiro imperador romano, filho de Caio Otávio e Átia e sobrinho-neto de Júlio César, que o adotou e o fez seu herdeiro. Foi o idealizador da pax romana e do império, um extraordinário político e administrador. Sem revogar as leis e instituições republicanas, concentrou todo o poder em suas mãos, inaugurando uma época de esplendor e prosperidade no mundo antigo. Quando soube do assassinato de  César, quando estudava na Ilíria, organizou então um exército e assumiu o controle de Roma, ao lado de dois poderosos amigos de César, Marco Antônio e Lépido.
 
  Os três se aliaram contra os assassinos de César e, em seguida, passam a lutar entre si. Depois de várias manobras políticas e militares tornou-se senhor único do Império Romano (30 a. C.). O nome Augusto foi-lhe então outorgado pelo Senado (27 a. C.) e depois lhe conferiu o título de Pai da Pátria (2 a. C.), confiando-lhe o poder absoluto por 44 anos, embora jamais tenha governado de forma despótica. Habilmente propiciava ao Senado o máximo esplendor, embora seu governo tenha a marca perfeita do absolutismo. Declarou guerra à união de Antônio e Cleópatra e após a vitória definitiva (30 a. C.), na batalha naval de Áccio, transformou o Egito em província romana. Pacificou as Gálias, reformou os costumes, ampliou os territórios do império até o Elba e o Danúbio e proclamou a paz universal (Pax Augusta). Governante moderado e enérgico deu a Roma um traçado urbanístico dividindo a cidade em bairros e ruas. Demarcou a Itália em regiões e o resto do império em distritos e províncias, exceto o Egito que, para ele, era de domínio pessoal. Fez uma ampla reforma monetária, criou impostos públicos e um serviço postal estatal. Fortaleceu o exército e a esquadra garantindo solidez as fronteiras, conseguindo afinal um longo período de paz. Entregou as obras de infra-estrutura pública como estradas, aquedutos, galerias, etc., ao leal e competente ministro Agripa, que seria seu sucessor caso não tivesse também falecido logo após sua morte. Favoreceu as artes e as letras e, após sua morte, foi divinizado. Deixou uma autobiografia gravada em duas colunas de bronze, no Campo de Marte, em Roma, Res gestae divi Augusti (Manumentum Ancyranum) conservadas até hoje. Foi sucedido por Tibério, um seu filho adotivo e general nomeado, confirmando assim, o estabelecimento de um regime monárquico.

18 de fevereiro de 2010

Nova Rubrica

  Pedimos desculpa a todos os nossos leitores pelo nosso descuido em relação ao blog, mas o tempo tem sido muito pouco. Sabem como é vida de estudante no fim do ciclo.... é uma roda viva!
  Aproveitamos então para anunciar a abertura de uma nova rubrica chamada "Grandes Imperadores".
 Aqui poderão encontrar a biografia dos mais famosos e não tão famosos imperadores romanos.
Esperemos que gostem!!!